quarta-feira, abril 29, 2009

Após 17 anos, um retorno triunfante

Em 1992, Ronnie James Dio (vocal), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Vinny Appice (bateria) gravaram Dehumanizer, o último clássico do Black Sabbath.

The Devil You Know, lançado ontem pela Rhino Records, é o novo disco do Black Sabbath Heaven & Hell. Para os descrentes, que assim como eu, não viam futuro na reunião do grupo, concretizada em 2006, esse trabalho é uma grande surpresa.

Atom and Evil inicia o álbum com tudo. O Heaven & Hell mostra que está em ótima forma. Só o mestre Tony Iommi para criar esses riffs mais que arrastados e carregados de peso, do jeito que os fãs de heavy metal gostam. Dio, aos 66 anos, está cantando como nunca.

Outros destaques do disco são: Eating the Cannibals, a única de andamento mais rápido, com impressionantes vocais do baixinho; Bible Black, primeiro single, uma aula de som pesado; e Breaking Into Heaven, final apoteótico, fecha esse excelente trabalho com maestria.

Gravado no Rockfield Studios, no País de Gales, The Devil You Know foi produzido pela própria banda e por Mike Exeter, que também toca teclado no disco. Um sério candidato para a lista de melhores de 2009. Imperdível.

Ouça Breaking Into Heaven, música 10 de The Devil You Know.

segunda-feira, abril 27, 2009

Green Day divulga vídeo de nova música

Depois do estrondoso sucesso de American Idiot, aclamado pela crítica e pelo público mundo afora, o Green Day retorna aos holofotes com o lançamento do novo disco, 21st Century Breakdown, programado para o dia 15 de maio, via Warner Bros. Records.

A expectativa para o oitavo trabalho do trio californiano formado por Billie Joe Armstrong (vocal e guitarra), Tré Cool (bateria) e Mike Dirnt (baixo e vocal) é enorme. Também pudera, American Idiot é uma verdadeira obra-prima, um grande tapa na cara de quem nunca levou o Green Day a sério.

Know Your Enemy, primeiro single do disco, é uma bela amostra do que vem por aí. 21st Century Breakdown foi produzido por Butch Vig, baterista do Garbage. Entre um de seus muitos trabalhos está Nevermind. Precisa dizer mais? O cara é fera. Tem tudo pra ser um dos grandes destaques desse ano.

Assista Know Your Enemy, do disco 21st Century Breakdown.



Ah, hoje o blog completa três anos. :)

sexta-feira, abril 24, 2009

O melhor disco já gravado no Brasil

Eu sou um ignorante. Como pude ficar a minha vida toda sem ouvir os Novos Baianos? Não sei, mesmo. Talvez estive procurando por outras coisas. Ainda bem que nunca é tarde pra começar.

O grupo nasceu em Salvador no ano de 1969 com Moraes Moreira (voz e violão), Pepeu Gomes (guitarra), Paulinho Boca de Cantor, Jorginho (bateria), Baby Consuelo (vocal) e Dadi (baixo). O letrista Luís Galvão completava o time.

Gravaram o primeiro disco um ano depois, intitulado de É Ferro na Boneca. Já no Rio de Janeiro, onde passaram a viver em comunidade num sítio em Jacarepaguá, lançaram o segundo trabalho, Acabou Chorare, em 1972, considerado pela Rolling Stone o melhor disco já gravado na história do nosso país.

Como definir o som dos Novos Baianos? Uma banda de rock com influências de música brasileira ou um grupo de mpb com a energia e o peso do rock? O fato é que essa mistura de ritmos, que em princípio poderia soar dissonante, resultou numa música incrivelmente harmoniosa e original.

Acabou Chorare é clássico por seu experimentalismo e pela qualidade das composições, recheadas de momentos brilhantes, graças ao entrosamento e execução impecáveis dos músicos. Os vocais perfeitos de Baby do Brasil e Paulinho encaixam como uma luva na maravilhosa base rítmica criada por Moraes Moreira e Pepeu Gomes, o nosso Hendrix.

Moreira saiu do grupo em 1974 para seguir sozinho e eles continuaram gravando até 1978, quando lançaram Farol da Barra, oitavo e último disco da banda. No dia 3 de maio, Baby do Brasil, Paulinho Boca de Cantor, Pepeu Gomes e Luís Galvão participarão de um show em comemoração aos 40 anos dos Novos Baianos.

Veja Mistério do Planeta, clipe extraído do filme Novos Baianos Futebol Clube, dirigido por Solano Ribeiro, de 1973.

quarta-feira, abril 22, 2009

Peter Frampton: uma vida inconstante

Peter Kenneth Frampton faz parte do grupo de artistas que são subestimados. Hábil como poucos na guitarra, o músico britânico nasceu no dia 22 de abril de 1950, na cidade de Beckenham, Inglaterra.

O menino, que começou a se aventurar pela música aos oito anos de idade, teve uma ascenção meteórica. Aos 15, criou o The Herd, que também trazia o baixista e tecladista Andy Bown, do Status Quo.

Frampton deixou o Herd em 1969 para se juntar a Steve Mariott e formar o Humble Pie. Aos 21, o guitarrista e vocalista já era uma estrela do rock. Depois de três anos e cinco discos com o grupo, Peter Frampton abandonou o barco para seguir em carreira solo.

Contratado pela A&M Records em 1972, lançou Wind of Change, seu primeiro álbum. Dos seus 18 trabalhos solo, o que mais se destaca é o clássico Frampton Comes Alive, o segundo disco ao vivo mais vendido de todos os tempos, com 16 milhões de cópias no mundo inteiro.

Depois desse estrondoso sucesso, Peter Frampton não foi mais o mesmo. Como (quase) toda carreira tem os seus altos e baixos, passou muitos anos gravando discos de qualidade razoável. A recuperação veio neste século, com Now (2003) e Fingerprints (2006), que levou o Grammy de melhor disco instrumental de pop.

Ouça a releitura para While My Guitar Gently Weeps, do disco Now.

sábado, abril 18, 2009

O membro mais famoso da Marsalis Family

É também a principal figura do jazz das últimas duas décadas. Nascido no dia 18 de outubro de 1961, em Nova Orleans, Lousiana, Wynton Marsalis ganhou o seu primeiro trompete aos seis anos, dado pelo pai, o pianista Ellis Marsalis.

Estudou tanto a música erudita quanto o jazz. Aos 18 anos entrou para a cultuada Escola de Artes Juilliard. Em 1980, estreou em estúdio com o baterista Art Blakey. No ano seguinte, já era assunto entre os grandes jazzistas. Tanto que o pianista Herbie Hancock o convidou para uma turnê.

A Columbia Records ficou interessada no talento do jovem trompetista e o contratou em 1982, ano de lançamento do seu primeiro disco, autointitulado. A primeira formação do seu quinteto incluía o saxofonista Branford, irmão mais velho de Wynton, que já foi apresentado em um post desse blog.

Seu nome consta em mais de 60 discos, entre trabalhos solo, parcerias e com a Jazz at Lincoln Center, instituição da qual é diretor artístico. Wynton Marsalis é o músico de maior prestígio do gênero. Vencedor de nove Grammy Awards, é o único a levar a estatueta nas categorias melhor solista de jazz e clássico (erudito).

Em 1997, venceu o Pulitzer, prêmio cultural mais importante dos Estados Unidos, tornando-se o primeiro músico de jazz a ganhar essa distinção. E não para por aí. No ano anterior, foi apontado pela revista Time como uma das 25 pessoas mais influentes da América. Já em em 2001 recebeu, das mãos de Kofi Annan, então presidente da Nações Unidas, o título de Mensageiro da Paz.

Ele é conhecido, também, por suas declarações polêmicas, disse certa vez sobre o rap: "Eles mostram o seu rabo, vendem sacanagem, chamam a si mesmos de pretos e as mulheres de vadias, e está bem pra todo mundo. Isso é a essência da decadência". É por essas e outras que Wynton Marsalis é o cara.

Ouça Love and Broken Hearts, do disco From the Plantation to the Penitentiary, de 2007.

quinta-feira, abril 16, 2009

Novo disco dos Mutantes terá participação de Mike Patton, Tom Zé e Jorge Ben

Gostem ou não, Os Mutantes foram a banda mais revolucionária do Brasil. Implantaram de vez a psicodelia na música brasileira, criando com outros artistas o Tropicalismo.

Não existe, também, grupo que passou por tamanha mutação em tão pouco tempo. Os três primeiros discos lançados por Sérgio Dias (guitarra, vocal), Rita Lee, Liminha (baixo), Arnaldo Baptista (teclados e voz) e Dinho (bateria), deram fama mundial à banda paulistana.

Em 1971, com Jardim Elétrico, houve a definitiva transição dos Mutantes para o rock and roll. No ano seguinte, Rita Lee sai do grupo. Em 1973, é a vez de Arnaldo Baptista pedir o boné. Foi a deixa para Sérgio Dias seguir com a sua viagem progressiva, iniciada na mesma época com o disco O "A" e o "Z".

A última fase do grupo foi muito criativa. Sérgio Dias e seus novos comparsas, Túlio Mourão (teclados), Antônio Pedro de Medeiros (baixo) e Rui Motta (bateria), lançaram Tudo Foi Feito Pelo Sol, em 1974, o melhor disco dos Mutantes. A banda acabou dois anos depois.

Após três décadas de inatividade, Arnaldo Baptista voltou e recrutaram Zélia Duncan para os vocais, já que Rita Lee não quis participar da reunião. Ambos saíram em 2007, deixando apenas Sérgio Dias e Dinho como membros originais. O guitarrista reformulou a banda e começou a trabalhar em um novo disco, cujo lançamento está previsto para o final deste ano.

Como grande novidade, as participações especiais: Erasmo Carlos, em um dueto com a nova cantora Bia Mendes; Tom Zé, em sete parcerias com Sérgio Dias; Jorge Ben, que compôs uma música especialmente para a banda, como já havia feito em 1968; e o grande Mike Patton, que está em turnê com o Faith No More.

A nova formação conta com Bia Mendes (vocal), Henrique Peters (teclado), Vinícius Junqueira (baixo), Simone Sou (percussão), Vitor Trida (flauta, viola e cello) e Fábio Recco (vocal). Vai ficar bom? Não sei, mas promete. Vamos esperar.

Ouça Cavaleiros Negros, do compacto duplo de mesmo nome, lançado em 1976, última gravação dos Mutantes.

terça-feira, abril 14, 2009

A primeira banda de Marky Ramone

Se tem uma coisa que me encanta no rock and roll é a quantidade de bandas incríveis que não chegam a saborear o sucesso. O Dust é apenas mais um exemplo.

Formado em Nova Iorque no final dos anos 60 pelo guitarrista e vocalista Richie Wise, o grupo tinha os jovens Kenny Aaronson (baixo) e Marc Bell (bateria).

Nos dois anos em que estiveram na ativa, lançaram dois discos: Dust (1971) e Hard Attack (foto, 1972). O primeiro, visceral, psicodélico e com toques de blues. O segundo, também pesadíssimo, só que mais polido, com baladas e flertes com a música country.

O grande destaque do Dust é a performance dos seus integrantes. Richie Wise, além de arrepiar na guitarra e nos brindar com lindos acordes ao violão, canta demais. Kenny Aaronson não se limita em apenas marcar o ritmo, seu baixo é alto e pulsante, assim como Marc Bell, que espanca a bateria sem dó nem piedade. Tudo isso é ressaltado por uma produção cristalina que deixa o talento dos músicos ainda mais em evidência.

A banda acabou e cada um seguiu o seu rumo. Richie Wise tornou-se produtor musical, tendo trabalhado para o Kiss. Kenny Aaronson excursionou com o Billy Idol, Bob Dylan, entre outros. Marc Bell conseguiu o que os outros dois sempre desejaram: ser famoso. Entrou para o Ramones em 1978 e mudou o seu nome para Marky Ramone. O resto é história...

Ouça Pull Away/So Many Times, do disco Hard Attack, de 1972.

domingo, abril 12, 2009

Bo Hansson, o bardo sueco

Consta na Wikipédia: bardo era a pessoa, na Europa antiga, encarregada de transmitir as lendas e os poemas de forma oral, recitando as histórias dos seus povos. Era, ao mesmo tempo, músico e poeta.

O multi-instrumentista Bo Hansson, que completou 66 anos no dia 10 de abril, nasceu na cidade de Gotemburgo, segunda maior metrópole da Suécia depois de Estocolmo. Foi um dos primeiros a compor inspirado pela trilogia O Senhor dos Anéis, do escritor britânico J. R. R. Tolkien.

Hansson, além de tecladista (órgão, piano, sintetizador, mellotron e teclado), se arrisca na guitarra e no baixo. Toda a sua destreza é encontrada em apenas sete discos, infelizmente. Cinco solo, dos quais o que mais se destaca é The Lord of the Rings, lançado em 1972, e dois com o baterista Jan Karlsson.

E como hoje, para muitos, é um dia especial, escolhi a capa do disco El-Ahrairah, de 1977, para ilustrar este post e desejar um bom domingo de páscoa a todos os leitores do blog. A música, creio eu, também não poderia ter sido melhor selecionada.

Ouçam Rabbit Music, faixa sete de Attic Thoughts (1975).

quarta-feira, abril 08, 2009

A nova voz do swing

Vem de Berlim e acaba de lançar um novo disco. Artgerecht é o terceiro trabalho solo do cantor e compositor de jazz Roger Cicero, que nasceu no dia 6 de julho de 1970, na capital da Alemanha.

Filho do pianista romeno Eugen Cicero (1940-1997), Roger cresceu rodeado por músicos de jazz e estudou canto, piano e guitarra no renomado conservatório de Hohner.

Aos 21, entrou para a Academia de Artes de Amsterdã, de onde saiu seis anos depois para ser vocalista convidado de grupos como Jazzkantine e Soulounge. Gravou o primeiro disco solo, Männersachen, em 2006. Amparado por uma Big Band composta por 11 músicos, Roger Cicero faz um som extremamente calcado no swing, forma de jazz muito popular nos anos 40 e 50.

No ano seguinte, foi o representante da Alemanha no concurso Eurovision, festival criado em 1956 e que já consagrou artistas como o Abba e Celine Dion. Cicero cantou a música Frauen Regier'n Die Welt e terminou a competição no 19º lugar. Isso bastou para ficar famoso.

Artgerecht, que saiu no dia 3 de abril pela Starwatch Music (gravadora da Warner), é o sucessor de Beziehungsweise, lançado em 2007. Um clipe foi filmado para a música Nicht Artgerecht, primeiro single do disco.

Ouça Ich Bin Dabei, um dos destaques deste novo trabalho.

segunda-feira, abril 06, 2009

Metallica entra para o Hall da Fama do Rock and Roll

Tá, mas e daí? O Metallica tem todos os méritos para ter sido indicado para essa honraria. Eu seria um idiota se dissesse o contrário. O problema são os critérios (ou a falta de) para a escolha dos artistas.

Na mesma lista em que se encontram nomes como Beatles, Elvis Presley e Led Zeppelin, nos deparamos com Michael Jackson, Prince e Madonna. Tem algo de errado nisso. Não estou questionando a qualidade deles e de tantos outros, mas sim a falta de discernimento das pessoas. Que o nome da instituição/museu seja mudado para Hall da Fama da Música, então.

A banda se apresentou no sábado, 4 de abril, na cerimônia de entrada para o Rock and Roll Hall of Fame, em Cleveland, Ohio. O show histórico contou com a participação de Jason Newsted no baixo, tocando com o Metallica pela primeira vez desde 2001, quando saiu da banda. Fizeram parte do espetáculo, também, Jimmy Page, Flea, Jeff Beck, Ron Wood e Joe Perry. Nada mal.

No dia anterior, B.B. King foi o encarregado de tocar na festa particular realizada no House of Blues, onde estiveram Ron McGovney e Lloyd Grant, ex-membros do grupo, Scott Ian e Charlie Benante, do Anthrax, entre outros. A única ausência foi a de Dave Mustaine, coautor de sete músicas da banda, que está em turnê com o Megadeth.

Parabéns para o Metallica. Vender mais de 100 milhões de cópias como artistas de heavy/thrash metal não deve ser nada fácil. Antes deles, o Black Sabbath era o único representante do estilo no Hall da Fama. Saiba mais sobre a cerimônia aqui.

Veja o Metallica e seus dois baixistas em ação na clássica Master of Puppets.

sexta-feira, abril 03, 2009

Heaven & Hell solta prévia do novo disco

Em 2006, Tony Iommi (guitarra), Ronnie James Dio (voz), Geezer Butler (baixo) e Vinny Appice (bateria) reuniram-se para gravar três novas músicas para a compilação The Dio Years.

A chama do Black Sabbath foi reacesa e a formação imortalizada nos álbuns Mob Rules e Dehumanizer decidiu sair em turnê sob o nome de Heaven & Hell, melhor disco da carreira do grupo.

A receptividade não poderia ter sido melhor, tanto do público quanto da mídia, e o quarteto resolveu ir em frente e gravar um trabalho inédito. Está disponível no MySpace da banda desde o fim do mês de março para audição a música Bible Black, primeiro single do novo disco.

The Devil You Know será lançado no dia 28 de abril, via Rhino Records. Aqui no Brasil sairá pela Roadrunner. Pela amostra que podemos conferir, com certeza será uma das grandes surpresas deste ano. Aguarde uma resenha do disco nos próximos posts.

Ouça aqui.

quarta-feira, abril 01, 2009

O grande encontro da música brasileira

Em 1963, Tom Jobim, recém chegado dos Estados Unidos, recebeu em sua residência na rua Barão da Torre, Ipanema, Dorival Caymmi. O compositor baiano trouxe os seus filhos Nana, Dori e Danilo para esta simples reunião de amigos que se transformou num disco antológico.

O produtor Aloysio de Oliveira, dono da gravadora Elenco, ciente da importância deste encontro, convidou o baixista Sérgio Barroso, os bateristas Dom Um Romão e Edison Machado, e gravou as fantásticas interpretações de Tom para as músicas de Caymmi e vice-versa.

Sem falar da voz cheia de emoção de Nana, do acompanhamento magistral de Dori ao violão e da espantosa desenvoltura de Danilo na flauta, de apenas 16 anos, em músicas como Inútil Paisagem, Tristeza de Nós Dois e Só Tinha de Ser Com Você.

Se alguém me perguntasse quais álbuns eu levaria para uma ilha deserta, este certamente estaria entre eles. É simplesmente a coisa mais bonita que eu já ouvi na minha vida. Lançado há 45 anos, Caymmi Visita Tom é a grande obra da música brasileira em todos os tempos. Sem exageros.

Ouça Só tinha de ser com você, uma das pérolas deste disco.