Nunca fui um grande fã do Pearl Jam. De todas as bandas surgidas em Seattle a minha preferida sempre foi o Alice In Chains, que voltou a gravar depois de 14 anos.
Mas o grupo capitaneado pelo vocalista Eddie Vedder tem os seus méritos, como o disco Ten (1991), um dos melhores dos anos 90, e a poderosa voz de Vedder, que influenciou bandas como o The Nixons e Creed.
Outro ponto que favorece a qualidade musical do grupo é formação constante. Desde o início do quinteto, em 1990, na terra do grunge, Stone Gossard (guitarra base), Jeff Ament (baixo e cello) e Mike McCready (guitarra solo) acompanham Eddie Vedder. O baterista Matt Cameron entrou em 1998.
Backspacer é o nono disco de estúdio da carreira do Pearl Jam, o quinto produzido por Brendan O'Brien, que já trabalhou com Bob Dylan, Mastodon e Neil Young.
É difícil apontar destaques em um álbum tão coeso como esse. Backspacer, lançado no dia 20 de setembro pela Universal, é simples e direto. Mais um ótimo registro do Pearl Jam, provando que a banda está mais viva do que nunca.
Ouça Got Some, um dos destaques de Backspacer.
quinta-feira, novembro 26, 2009
terça-feira, novembro 24, 2009
18 anos sem Freddie Mercury
Farrokh Bulsara, o melhor vocalista da história da música, nasceu em Stone Town, na ilha africana de Zanzibar (hoje Tanzânia), no dia 5 de setembro de 1946.
Seu pai trabalhava para o governo britânico na ilha, que na época era colônia da Grã-Bretanha. Em 1963, por conta da independência de Zanzibar, muitos ingleses e indianos tiveram de abandonar o local.
No ano seguinte, a família Bulsara desembarcou em Feltham, subúrbio de Londres, cidade onde Freddie se formou designer gráfico e conheceu Roger Taylor (bateria), Brian May (guitarra) e John Deacon (baixo), seus companheiros no Queen, formado em 1970.
Nos 21 anos em que a banda esteve ativa foram lançados 13 discos de estúdio, dois ao vivo e a trilha sonora de Flash Gordon. Dentre as obras-primas do grupo estão A Night At the Opera (1975) e News of the World (1977), que ajudaram o quarteto a vender 300 milhões de cópias mundo afora.
No dia 24 de novembro de 1991, Freddie Mercury faleceu de broncopneumonia, em decorrência da AIDS, aos 45 anos de idade. A música perdeu a sua voz mais incrível, que nunca será esquecida, tenho certeza.
Veja o clipe de Spread Your Wings, de 1977.
Seu pai trabalhava para o governo britânico na ilha, que na época era colônia da Grã-Bretanha. Em 1963, por conta da independência de Zanzibar, muitos ingleses e indianos tiveram de abandonar o local.
No ano seguinte, a família Bulsara desembarcou em Feltham, subúrbio de Londres, cidade onde Freddie se formou designer gráfico e conheceu Roger Taylor (bateria), Brian May (guitarra) e John Deacon (baixo), seus companheiros no Queen, formado em 1970.
Nos 21 anos em que a banda esteve ativa foram lançados 13 discos de estúdio, dois ao vivo e a trilha sonora de Flash Gordon. Dentre as obras-primas do grupo estão A Night At the Opera (1975) e News of the World (1977), que ajudaram o quarteto a vender 300 milhões de cópias mundo afora.
No dia 24 de novembro de 1991, Freddie Mercury faleceu de broncopneumonia, em decorrência da AIDS, aos 45 anos de idade. A música perdeu a sua voz mais incrível, que nunca será esquecida, tenho certeza.
Veja o clipe de Spread Your Wings, de 1977.
sexta-feira, novembro 20, 2009
Os abutres do rock and roll
Tem alguma coisa mais rock and roll do que abutres? A ave necrófila que batizou o maior moto clube do Brasil inspirou a grande banda do momento: Them Crooked Vultures.
O disco de estreia do trio estelar formado pelo Josh Homme (vocal e guitarra), John Paul Jones (baixo e teclados) e Dave Grohl (bateria e vocal), foi lançado no dia 17 de novembro, via Interscope Records.
O resultado da união dos líderes de duas das melhores bandas norte-americanas surgidas nos anos 90 (Foo Fighters e Queens of the Stone Age), com o velho baixista do Led Zeppelin é melhor do que a encomenda.
Para não dizer que o trabalho é perfeito, confesso que senti falta da voz de Dave Grohl, apesar de Josh Homme ter brilhado nesse álbum. O ex-baterista do Nirvana poderia ter feito algo mais além de mandar ver nas baquetas, o que ainda faz como poucos.
O Them Crooked Vultures, ao que parece, veio para ficar. Talento para seguir adiante eles têm e muito. Como escrevi no post do Chickenfoot, que não fique só nesse disco. Alguém tinha dúvida de que o disco seria ótimo?
Ouça Bandoliers, sétima faixa de Them Crooked Vultures.
O disco de estreia do trio estelar formado pelo Josh Homme (vocal e guitarra), John Paul Jones (baixo e teclados) e Dave Grohl (bateria e vocal), foi lançado no dia 17 de novembro, via Interscope Records.
O resultado da união dos líderes de duas das melhores bandas norte-americanas surgidas nos anos 90 (Foo Fighters e Queens of the Stone Age), com o velho baixista do Led Zeppelin é melhor do que a encomenda.
Para não dizer que o trabalho é perfeito, confesso que senti falta da voz de Dave Grohl, apesar de Josh Homme ter brilhado nesse álbum. O ex-baterista do Nirvana poderia ter feito algo mais além de mandar ver nas baquetas, o que ainda faz como poucos.
O Them Crooked Vultures, ao que parece, veio para ficar. Talento para seguir adiante eles têm e muito. Como escrevi no post do Chickenfoot, que não fique só nesse disco. Alguém tinha dúvida de que o disco seria ótimo?
Ouça Bandoliers, sétima faixa de Them Crooked Vultures.
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sexta-feira, novembro 13, 2009
Um mundo pintado de sangue
Se alguém tinha alguma dúvida de que o Slayer é o grupo mais thrash metal do planeta, ela acaba após a audição de World Painted Blood, 10° trabalho de estúdio do quarteto californiano.
Produzido pelo mago Rick Rubin e por Greg Fidelman, engenheiro de som que tem Metallica, Red Hot, Audioslave e U2 no currículo, o disco foi lançado no dia 3 de novembro pela Sony Music.
A banda, formada em 1981 pelos guitarristas Jeff Hanneman e Kerry King, parece ter reencontrado a fórmula mágica de fazer thrash metal. O baterista cubano Dave Lombardo continua espancando o seu kit enquanto o vocalista e baixista chileno Tom Araya vocifera blasfêmias atrás de blasfêmias.
World Painted Blood vendeu 42 mil cópias na primeira semana, alcançando a 12ª posição da revista Billboard. Até agora foram lançados três singles do álbum: Psycopathy Red, Hate Worldwide e a faixa título.
O Slayer continua, através da sua música, a espalhar o ódio por esse mundo pintado de sangue. Sorte a nossa. Melhor que o Christ Illusion.
Ouça World Painted Blood, terceiro single do disco.
Produzido pelo mago Rick Rubin e por Greg Fidelman, engenheiro de som que tem Metallica, Red Hot, Audioslave e U2 no currículo, o disco foi lançado no dia 3 de novembro pela Sony Music.
A banda, formada em 1981 pelos guitarristas Jeff Hanneman e Kerry King, parece ter reencontrado a fórmula mágica de fazer thrash metal. O baterista cubano Dave Lombardo continua espancando o seu kit enquanto o vocalista e baixista chileno Tom Araya vocifera blasfêmias atrás de blasfêmias.
World Painted Blood vendeu 42 mil cópias na primeira semana, alcançando a 12ª posição da revista Billboard. Até agora foram lançados três singles do álbum: Psycopathy Red, Hate Worldwide e a faixa título.
O Slayer continua, através da sua música, a espalhar o ódio por esse mundo pintado de sangue. Sorte a nossa. Melhor que o Christ Illusion.
Ouça World Painted Blood, terceiro single do disco.
quinta-feira, novembro 12, 2009
O mestre do sopro brasileiro
Aos 77 anos, Paulo Moura é um dos principais nomes da música popular brasileira. Embora tenha nascido no dia 15 de julho de 1932, em São José do Rio Preto, o instrumentista só foi registrado em fevereiro do ano seguinte.
A Revolução Constitucionalista contra o governo de Getúlio Vargas, iniciada em São Paulo, impediu que seu pai, Pedro Gonçalves de Moura, também músico, o registrasse.
Aos nove anos começou a tocar clarinete e saxofone. Aos 13 já acompanhava o conjunto do seu Pedro. Estudou com o grande Moacir Santos e, em 1959, gravou o seu primeiro disco, com releituras para temas do maestro Radamés Gnatalli. O álbum trazia Baden Powell no violão, além do próprio homenageado ao piano.
Nesses 65 anos de carreira, o músico tem 75 álbuns que levam o seu nome no encarte, entre discos solo, parcerias com João Donato, Raphael Rabello e Yamandú Costa, e as participações especiais. Seus trabalhos mais famosos são Fibra (1971) e Mistura e Manda (1984).
Paulo Moura, uma lenda viva da nossa cultura, passeia livremente entre a música popular e a erudita, não importa se é jazz ou choro, a qualidade permanece a mesma. Que a sua obra nunca seja esquecida, mestre do sopro brasileiro.
Ouça Eu Quero é Sossego, do disco Confusão Urbana, Suburbana e Rural, de 1976, que foi produzido por Martinho da Vila.
A Revolução Constitucionalista contra o governo de Getúlio Vargas, iniciada em São Paulo, impediu que seu pai, Pedro Gonçalves de Moura, também músico, o registrasse.
Aos nove anos começou a tocar clarinete e saxofone. Aos 13 já acompanhava o conjunto do seu Pedro. Estudou com o grande Moacir Santos e, em 1959, gravou o seu primeiro disco, com releituras para temas do maestro Radamés Gnatalli. O álbum trazia Baden Powell no violão, além do próprio homenageado ao piano.
Nesses 65 anos de carreira, o músico tem 75 álbuns que levam o seu nome no encarte, entre discos solo, parcerias com João Donato, Raphael Rabello e Yamandú Costa, e as participações especiais. Seus trabalhos mais famosos são Fibra (1971) e Mistura e Manda (1984).
Paulo Moura, uma lenda viva da nossa cultura, passeia livremente entre a música popular e a erudita, não importa se é jazz ou choro, a qualidade permanece a mesma. Que a sua obra nunca seja esquecida, mestre do sopro brasileiro.
Ouça Eu Quero é Sossego, do disco Confusão Urbana, Suburbana e Rural, de 1976, que foi produzido por Martinho da Vila.
terça-feira, novembro 10, 2009
Voltou para ficar
O Alice In Chains foi, sem dúvida, uma das grandes bandas dos anos 90 e, ao lado do Soundgarden, o que de melhor surgiu no grunge em Seattle.
Sete anos após a morte do cantor Layne Staley, Mike Inez (baixo), Sean Kinney (bateria) e Jerry Cantrell (guitarra e vocal) retornam com Black Gives Way to Blue, primeiro álbum gravado pelo o grupo desde 1995.
O disco, lançado no dia 29 de setembro pela Virgin Records, traz nos vocais o competente William DuVall (Comes With the Fall), que aceitou a ingrata missão de substituir Staley. Sua voz casou muito bem com a de Cantrell, e o resultado ficou surpreendente.
O som registrado no quarto trabalho de estúdio da carreira do Alice In Chains, que iniciou em 1985, continua fazendo a diferença. Os riffs arrastados e pesadíssimos do guitarrista afastam de vez a banda do grunge. O que ouvimos aqui é um belo exemplo do heavy metal moderno.
O destaque do disco são as harmonias vocais, que conferem aquele ar denso e melancólico que sempre foi a marca registrada do grupo. Quem torceu o nariz contra essa volta antes de ouvir mordeu a língua, pois Black Gives Way to Blue é maravilhoso.
Ouça Private Hell, 10ª música do novo álbum.
Sete anos após a morte do cantor Layne Staley, Mike Inez (baixo), Sean Kinney (bateria) e Jerry Cantrell (guitarra e vocal) retornam com Black Gives Way to Blue, primeiro álbum gravado pelo o grupo desde 1995.
O disco, lançado no dia 29 de setembro pela Virgin Records, traz nos vocais o competente William DuVall (Comes With the Fall), que aceitou a ingrata missão de substituir Staley. Sua voz casou muito bem com a de Cantrell, e o resultado ficou surpreendente.
O som registrado no quarto trabalho de estúdio da carreira do Alice In Chains, que iniciou em 1985, continua fazendo a diferença. Os riffs arrastados e pesadíssimos do guitarrista afastam de vez a banda do grunge. O que ouvimos aqui é um belo exemplo do heavy metal moderno.
O destaque do disco são as harmonias vocais, que conferem aquele ar denso e melancólico que sempre foi a marca registrada do grupo. Quem torceu o nariz contra essa volta antes de ouvir mordeu a língua, pois Black Gives Way to Blue é maravilhoso.
Ouça Private Hell, 10ª música do novo álbum.
sexta-feira, novembro 06, 2009
Existe algo de genial no Muse
A maior parte dos roqueiros (fãs de heavy metal mais ainda) tem calafrios quando lê ou escuta a palavra eletrônico associada a um grupo de rock. Essa antipatia sem explicação me custou valiosos anos sem ouvir bandas como o Muse.
Como todos têm o direito de se arrepender um dia, rendi-me recentemente ao talento desse trio britânico formado em 1994 por Matthew Bellamy (guitarra, teclados e vocal), Chris Wolstenhome (baixo) e Dominic Howard (bateria).
O novo disco, The Resistance, o quinto da carreira, foi gravado na Itália, produzido pela própria banda e lançado no dia 14 de setembro, pela Warner Brothers.
O álbum traz aquele rock alternativo já consagrado do trio, que tem influências do r&b, da música erudita e do eletrônico. Incrível como conseguem elaborar canções tão distintas sem perder a qualidade.
The Resistance é bombástico, extravagante e melodioso. Mais um belo exemplo da criatividade do Muse, que coloca o seu nome definitivamente entre os grupos mais originais da atualidade. E a lista dos melhores do ano vai se complicando...
Ouça Uprising, primeiro single do disco.
Como todos têm o direito de se arrepender um dia, rendi-me recentemente ao talento desse trio britânico formado em 1994 por Matthew Bellamy (guitarra, teclados e vocal), Chris Wolstenhome (baixo) e Dominic Howard (bateria).
O novo disco, The Resistance, o quinto da carreira, foi gravado na Itália, produzido pela própria banda e lançado no dia 14 de setembro, pela Warner Brothers.
O álbum traz aquele rock alternativo já consagrado do trio, que tem influências do r&b, da música erudita e do eletrônico. Incrível como conseguem elaborar canções tão distintas sem perder a qualidade.
The Resistance é bombástico, extravagante e melodioso. Mais um belo exemplo da criatividade do Muse, que coloca o seu nome definitivamente entre os grupos mais originais da atualidade. E a lista dos melhores do ano vai se complicando...
Ouça Uprising, primeiro single do disco.
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