sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Um ano sem John Martyn

Acabei de descobrir a obra de John Martyn, nome artístico usado pelo compositor inglês Iain David McGeachy, que morreu aos 60 anos em janeiro de 2009, vítima de uma pneumonia.

Em quatro décadas de carreira, Martyn lançou mais de 20 discos de estúdio e influenciou gente como Eric Clapton, que regravou a clássica May You Never em 1977, e chegou a dizer publicamente que "John Martyn está tão à frente de tudo, é quase inconcebível".

Sua obra-prima é Solid Air, de 1973, que contem a música citada acima e grandes momentos como Over the Hill e Solid Air, escrita para o amigo Nick Drake, outra lenda do folk britânico, que morreu de overdose um ano depois.

Não posso esquecer de citar o disco Bless the Weather, lançado em 1971, seu terceiro trabalho solo. John Martyn tem uma voz fantástica e toca violão como nenhum outro. Seu estilo inimitável deveria ser reconhecido em todo o mundo, mas as coisas não acontecem dessa forma, infelizmente.

Ouça Walk to the Water, de Bless the Weather.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

O fenômeno chamado Kiss

Há exatos 36 anos, o Kiss lançava o seu primeiro disco, homônimo. De todos os 19 álbuns de estúdio do grupo, esse é o mais divertido (e honesto).

Livres dos problemas causados pelo sucesso e dinheiro que viriam tempos depois, Paul Stanley (vocal e guitarra), Peter Criss (bateria e vocal), Gene Simmons (baixo e vocal) e Ace Frehley (guitarra e vocal) gravaram um clássico do rock. Músicas como Strutter e Cold Gin não podem faltar nos shows do quarteto dos caras-pintadas.

Falando em maquiagem, a patente das "máscaras" ainda hoje rende discussão. Essa é a parte complicada da história. O Kiss é mais conhecido por conta do marketing, produtos bizarros e número de mulheres que Simmons traçou do que pela música, o que é uma pena.

Eu mesmo fiquei anos sem ouvir o Kiss em virtude desse circo maluco criado em torno do grupo (com a ajuda deles). Mais uma vez, estava errado.

Afinal, uma banda que resistiu à era disco, ao punk, ao hard rock dos anos 80, ao grunge e continua chutando bundas por aí, merece o meu respeito.


Ouça Black Diamond, um dos clássicos do Kiss.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Louco por W.A.S.P.

No ano passado, a banda californiana W.A.S.P. comemorou os 25 anos de lançamento do primeiro disco com Babylon, um trabalho que passou despercebido.

Lançado no dia 12 de outubro pela Demolition Records, o 14ª álbum de estúdio do projeto solo de Blackie Lawless (vocal e guitarra) traz sete músicas inéditas e duas ótimas versões para Burn, do Purple e Promised Land, de Chuck Berry.

Blackie Lawless, criador de clássicos como Hold On to My Heart e Animal (Fuck Like a Beast), fala sobre os quatro cavaleiros do apocalipse em Babylon, e mostra que melhora com o passar do tempo. Aos 53 anos, sua voz está melhor do que nunca.

Os destaques do disco são a galopante Babylon's Burning (clipe), a lenta Into the Fire, e Crazy, melhor música de Babylon. As performances individuais precisas de Doug Blair (guitarra), Mike Duda (baixo) e Mike Dupke (bateria) enriqueceram o novo trabalho.

Apesar de não ter o reconhecimento merecido através dos anos, Blackie Lawless continua gravando e excursionando por aí. O W.A.S.P. é uma das grandes bandas do hard rock/heavy metal. Babylon é a prova disso.

Ouça Crazy, música que abre o último disco.