Membro do Sentenced é encontrado morto em casa

Perdemos mais um para o álcool. Miika Tenkula, ex-guitarrista e principal compositor do Sentenced, foi encontrado sem vida no dia 19 de fevereiro na sua própria casa, em Oulu, Finlândia.

Embora a causa da morte não tenha sido divulgada até então, tudo leva a crer que o músico de 34 anos, fundador do grupo, morreu em decorrência dos seus problemas com a bebida, agravados com o fim do Sentenced, em 2005.

A banda foi formada em 1988 e começou tocando death metal. O som agressivo e tosco presente nos dois primeiros discos deu lugar a uma música mais melancólica, marca registrada do quinteto nos seis trabalhos seguintes. Essa mudança se concretizou, de fato, em 1996, com a entrada do vocalista Ville Laihiala.

Uma pena isso acontecer. Era jovem, tinha talento e fez parte de uma das bandas mais bem-sucedidas da Finlândia. Que descanse em paz.

Veja o clipe de Killing Me Killing You, do disco Crimson (2000).

Na onda da bossa

O mundo dá voltas. Quando comecei a cursar jornalismo, em 2005, tinha o cabelo comprido e só ouvia heavy metal. Não aceitava nada diferente disso.

Eu mudei. Nos quatro anos da graduação, quase todos os meus trabalhos foram relacionados à música. O Trabalho de Conclusão de Curso não poderia fugir à regra.

Comecei a ouvir e descobrir coisas novas como a música brasileira e o jazz. Isso foi fundamental na escolha do tema do TCC. Em 2008, com o Jean, meu amigo e guru do rock, pensei que o cinquentenário da bossa nova era um ótimo assunto.

A ideia de narrar momentos essenciais destes 50 anos do estilo e entrevistar personagens importantes da nossa música como Carlos Lyra, Roberto Menescal, Marcos Valle e Milton Nascimento era desafiadora. Tão desafiadora quanto instigante.

Surgiu, então, o programa de rádio Na Onda da Bossa, que conta ainda com entrevistas de Severino Filho (Os Cariocas), Tárik de Souza, Márcio Menescal (BossaCucaNova) e Ruy Castro (foto). É um trabalho do qual me orgulho muito de ter feito e que, agora, o compartilho com vocês.

O novo profeta da soul music

John Stephens, nome de batismo do músico John Legend, nasceu em Springville, Ohio, em 28 de dezembro de 1978. Prodígio, começou a cantar gospel e tocar piano aos cinco anos de idade.

John Legend faz, assim como os seus contemporâneos Anthony Hamilton e Alicia Keys, uma fusão da soul music com o hip-hop. A música e voz irresistíveis deste verdadeiro artista lhe renderam cinco prêmios Grammy.

Get Lifted (foto), seu primeiro trabalho solo, lançado em 2004, ganhou os gramofones na categoria de melhor disco e performance vocal de rhythm and blues. Legend, que também recebeu a distinção de melhor novo artista, gravou mais dois álbuns: Once Again (2006) e Evolver (2008).

Em meio a mediocridade que impera no cenário da música norte-americana, o cantor, pianista e compositor John Legend destaca-se pelo talento, algo incomum nos dias de hoje. Fica aqui a dica.

Ouça.

Deep Purple anuncia shows no Brasil

No mês em que o clássico Burn faz 35 anos, recebemos a notícia de que o grupo fará mais uma turnê no Brasil, em março, com datas em Porto Alegre (02 e 03), Florianópolis (05) e São Paulo (06 e 07).

Voltando ao disco, em 1973, quando o quinteto britânico estava no ápice do sucesso, motivado pelo lançamento do também marvilhoso Machine Head, Ian Gillan e Roger Glover pediram demissão. O futuro do Purple parecia incerto.

Mas nem tudo estava perdido. Para os seus postos recrutaram o desconhecido David Coverdale e Glenn Hughes, vindo do Trapeze. Inaugurou-se a terceira fase do Deep Purple, o MK III. O som visceral do grupo foi mantido e, somado agora às influências funk e soul do novo baixista e também vocalista Hughes, criaram um som fabuloso.

Burn, gravado em novembro de 1973, em Montreux, Suíça, registra a melhor performance da banda. Coverdale arrasa com a sua voz rouca, Hughes mostra o seu suíngue, temos um Ian Paice tocando como se não houvesse amanhã, toda a genialidade de Jon Lord e Blackmore desferindo memoráveis riffs e solos de guitarra em 42 minutos de pura magia.

Os fãs do Machine Head que me perdoem, mas Burn é o melhor disco do Deep Purple.

A mente por trás do Gentle Giant

Hoje é um dia especial para os fãs do rock progressivo. Há 62 anos nascia o cantor e multi-instrumentista e hoje executivo de gravadora Derek Shulman, em Glasgow, Escócia.

Shulman montou com seus dois irmãos, Philip e Raymond, em 1970, o Gentle Giant, um dos grupos mais inovadores de todos os tempos. A banda forma, junto com Yes e Genesis, a santíssima trindade do estilo.

A música é complexa, experimental. Uma mistura de rock, jazz, música erudita e muita improvisação. O virtuosismo dos integrantes do Gentle Giant, todos multi-instrumentistas, encantou o mundo. Nos 10 anos em que estiveram na ativa, de 1970 a 1980, lançaram 11 trabalhos de estúdio.

Ouça.

Universal divulga vídeo de novo single do U2

Pra quem não assistiu ontem no Fantástico, tá aí. Estava quase dormindo quando ouvi a voz do Bono em uma música desconhecida. Era Get On Your Boots, novo clipe do U2.

O vídeo, promocional, foi postado no último dia 6 pela Universal Music Group no seu canal no Youtube. Ele mostra a banda tocando em meio a muitas imagens desconexas, assim como o Oasis fez em The Shock of Lightning.

A letra é meio boba, mas a música tem uma levada moderna e cativante. Get On Your Boots é o primeiro single de No Line On the Horizon, novo disco do grupo, cujo lançamento está previsto para o dia 2 de março. Apesar da capa despretensiosa, espero que seja mais um ótimo trabalho na discografia do U2.

Veja o clipe aqui.

Caminho das índias

Em meio a invasão de matérias referentes à Índia que temos visto desde a estreia da novela homônima a este post, descobri este fabuloso artista através de um primo.

Nascido em Mumbai, em 1951, o virtuoso percussionista Trilok Gurtu tem um currículo invejável. Apesar de ter tocado com o infleunte grupo americano Oregon, o músico ficou famoso mesmo por suas colaborações com grandes nomes do jazz.

A lista é extensa: o guitarrista americano Pat Metheny, o tecladista austríaco Joe Zawinul (Weather Report), o saxofonista norueguês Jan Garbarek (Keith Jarrett), o guitarrista inglês John McLaughlin (Mahavishnu Orchestra), e muitos outros.

The Glimpse (1997), seu sétimo trabalho solo, é uma brilhante mistura de ritmos, um som transcendental e único. O disco presta tributo ao trompetista americano Don Cherry, com quem tocou de 1976 a 1978. Cherry, morto em 1995 por causa de uma hepatite, é pai do compositor sueco Eagle-Eye-Cherry.

Um verdadeiro achado. Ouça.