Orphaned Land - The Never Ending Way of ORwarriOR
A expectativa criada por conta da obra-prima Mabool, de 2004, fez The Never Ending Way of ORWarriOR o disco mais aguardado nos últimos anos da cena metálica. O Orphaned Land não decepcionou, muito pelo contrário. Produzidos por Steven Wilson, os israelenses entregaram outro trabalho fantástico. Só o tempo vai dizer se o novo álbum se equivale a Mabool. No momento, só posso dizer que é maravilhoso.
Nevermore - The Obsidian Conspiracy
E o título de melhor guitarrista da atualidade vai para... Jeff Loomis. O que esse robô manda ver nas sete cordas não é brincadeira, é de ficar de queixo caído. O Nevermore enxugou um pouco as partes mais complexas, mas não economizou na pancadaria. The Obsidian Cospiracy soa moderno e mais direto. Elogiar o vocalista Warrel Dane virou chover no molhado, mas não vou me furtar de registrar que o cara, como sempre, impressiona.
Kanye West - My Beautiful Dark Twisted Fantasy
O rapper e produtor norte-americano é odiado por grande parte do público e amado por uma parcela ainda maior da crítica, que o coloca como novo rei do pop (ele mesmo faz isso). Não nego que o cara é um grande escroto, mas não posso deixar que isso comprometa o fato de que Kanye West gravou um dos melhores discos do ano, com direito a um vídeo bizarro de 34 minutos chamado Runaway.
Kamelot - Poetry for the Poisoned
Ainda que o Angra tenha gravado Temple of Shadows, o melhor disco do power metal, o Kamelot chegou perto com The Black Halo (2005), e ainda tem à disposição algo que os brasileiros não têm: Roy Khan. O vocalista norueguês faz toda a diferença nesse grupo, que é muito competente e desenvolveu ao longo dos anos um estilo próprio de fazer música pesada. Melhor que o Ghost Opera.
Heathen - The Evolution of Chaos
The Evolution of Chaos é uma aula de como se faz thrash metal. O Heathen ficou pelo caminho depois de gravar dois clássicos e foi relegado ao segundo escalão do estilo por isso. O que é pouco para essa máquina de criar riffs chamada Lee Altus, o cérebro por trás do Heathen, uma banda tão boa quanto Exodus e Anthrax, mas que não teve a mesma sorte. Um arregaço!
Jamiroquai - Rock Dust Light Star
Se os três últimos lançamentos (1999, 2001 e 2005) do Jamiroquai deixaram a desejar, Jay Kay e sua trupe voltaram com tudo em Rock Dust Light Star, resgatando a energia do Travelling Without Moving. Com ótimos músicos ao seu lado, o vocalista inglês surpreende com um trabalho agradável de ouvir do início ao fim, repleto de groove e hits.
Dirty Sweet - American Spiritual
Quando conheci o som do Dirty Sweet percebi que estava diante de uma banda que seria grande. O quarteto californiano tirou nota dez na prova do segundo disco com o seu rock and roll simples, mas muito bem feito e diversificado. Não se surpreenda se daqui alguns anos o Dirty Sweet apareça no topo como um dos grandes nomes dessa nova década. Talento não falta.
Grand Magus - Hammer of the North
Apesar de o Grand Magus chegar ao quinto disco com Hammer of the North, só fui conhecer melhor o grupo neste ano. E olha que já era fã do trabalho do vocalista Janne “JB” Christoffersson com o Spiritual Beggars. A música do trio sueco é o mais puro heavy metal, com destaque para os vocais incríveis de JB, que também se mostra um ótimo guitarrista.
Avenged Sevenfold - Nightmare
Antes do baterista Mike Portnoy entrar para o Avenged Sevenfold, que substituiu o falecido James Sullivan, nunca tinha prestado atenção na banda liderada pelo vocalista M. Shadows. Nightmare é um disco poderoso, com riffs pesados e solos de guitarra impressionantes. Supresa do ano.
Emancipator - Safe In the Steep Cliffs
Tinha calafrios quando lia que algum artista estava associado ao gênero eletrônico. Aos poucos, no entanto, fui ouvindo e descobrindo álbuns como Safe In the Steep Cliffs, do produtor Douglas Appling, o Emancipator. A sonoridade moderna e viajante do trip hop me cativou de tal maneira que sou obrigado a reconhecer que o garoto é genial.