Se eu tivesse de escolher apenas duas palavras para descrever o tango, com certeza seriam classe e melancolia. Em termos de elegância e tristeza, o ritmo portenho é imbatível, convenhamos.
E é justamente isso o que você encontra ao ouvir Tango 3.0, novo disco do trio parisiense Gotan Project, que foi lançado no dia 19 pela Ya Basta, gravadora de Philippe Cohen Solal.
Ao lado de Philippe, que é francês, Eduardo Makaroff (argentino) e Christoph Müller (suíço), produziram uma porção de músicas elegantes, tendo como base samples e batidas eletrônicas. O resultado desse encontro de culturas diferentes é incrível.
Para criar a atmosfera perfeita, Cristina Vilallonga e Daniel Melingo emprestam suas vozes para as requintadas canções elaboradas pelo trio formado em 1999.
Espero que não tenhamos de esperar mais quatro anos para outro álbum do Gotan Project, que se firma de vez como o grande nome do nuevo tango com o terceiro disco. Obrigatório.
Ouça a bela Érase Una Vez.
quinta-feira, abril 29, 2010
quarta-feira, abril 28, 2010
Entrevista: Alirio Netto (Khallice)
Olá, amigos e leitores do Estética Musical. É com grande prazer que anuncio mais uma novidade para o blog. A partir de hoje, todo mês tentarei postar uma entrevista com alguém ligado ao mundo da música.
O escolhido para dar início aos trabalhos foi Alirio Bossle Netto, o talentoso vocalista do Khallice, grupo de metal progressivo de Brasília. Nascido em Florianópolis, o músico conta detalhes da sua carreira e fala sobre o seu atual momento.
Ouça Letting Go e acompanhe a entrevista.
Estética Musical: Olá, Alirio. Obrigado por conceder essa entrevista. Para começo de conversa, como você está? Como foi abrir para o Guns N' Roses em Brasília?
Alirio Netto: Estou bem, brother. Obrigado por perguntar. Minha vida aqui em Brasília é muito bacana, tenho muitos amigos e a cidade me acolheu muito bem. Em relação a abrir pro Guns, foi um sonho pra nós e pra mim, pois quem me conhece sabe o quanto gosto dessa banda. Além do mais o Bumblefoot foi muito legal e adorou o nosso show. Ficamos quase todo o tempo com ele, no final do show a gente se divertiu muito com o Sebastian, que é um dos caras mais sangue bom que já conheci.
EM: Com o lançamento de The Journey, em 2003, o Khallice foi apontado como banda revelação e uma grande expectativa em torno do grupo foi criada. Como vocês lidaram com essa badalação e o status de Dream Theater brasileiro?
AN: Confesso que no começo foi muito legal essa coisa de Dream Theater brasileiro. A gente realmente conseguiu um espaço muito bom na mídia e tal, mas depois começou a incomodar um pouco, por que apesar da influência, o Khallice tem uma cara própria. Isso fica mais claro no Inside Your Head, em que a banda pode explorar muito a veia mais Hard Rock.
EM: Em 2008, vocês gravaram o ótimo EP Inside Your Head. Qual a intenção da banda em lançá-lo?
AN: Pra começar a gente lançou esse EP no Rio, quando abrimos pra Dream Theater. Distribuímos mil EPs para o público presente e naquele momento a intenção era mostrar que a banda estava na ativa e produzindo. Só pra completar a Magna Carta lançou o The Journey em 2007 em várias partes do mundo, o que também foi um impulso pra gente botar algo novo na praça.
EM: Qual o motivo para a demora no lançamento de um segundo disco do Khallice, Alirio? Ele vai sair mesmo? Se sim, pode nos adiantar alguma coisa?
AN: A demora acontece por vários motivos, mas o principal foram as trocas de baterista. Nos últimos cinco anos foram quatro! Acho que somos muito chatos (risos). De qualquer forma, todos nós temos outros projetos além da banda, sejam eles na música ou não, e isso acaba atrasando tudo. Não vamos usar nada do Inside Your Head, o que dará mais trabalho. Já temos muitas ideias em andamento e, se tudo andar como planejado, a gente lança esse CD em 2010.
EM: Quem são os teus ídolos na música? Quais são as tuas influências?
AN: Virei cantor por causa do Freddie Mercury do Queen, pra mim ele é o cara, mas gosto muito do Steve Perry do Journey, Steven Tyler, Sebastian Bach, Dio, Glenn Hughes e todos esses caras que cantam muito. Gosto muito de pop em geral, desde Michael Jackson até coisas como o Josh Groban, e os musicais da Broadway também têm uma grande influência na minha música. Gosto muito dessa coisa do teatro.
EM: Relate para nós como foi a experiência de encenar Jesus Christ Superstar no México. O que isso contribuiu na tua carreira e na tua forma de cantar?
AN: O lance do Jesus Christ começou em Brasília em 1999, quando eu fiz o papel pela primeira vez em uma produção local. Em 2000 mandei um vídeo pro México onde estavam fazendo audições para uma produção oficial, a partir desse vídeo eles me chamaram para os testes. Fui selecionado para o papel de Jesus entre 1500 candidatos de vários países e foram quase dois anos de temporada que acabaram por causa do atentado às torres gêmeas. Voltei pro Brasil em 2003 pra gravar com o Khallice e o resto é história.
EM: Conte um pouco da tua relação com Floripa. Vens sempre para cá? Como é a vida de um manezinho da Ilha em Brasília?
AN: Cara, Floripa é o melhor lugar do mundo! Se eu pudesse nunca sairia daí, sempre que posso dou uma passada aí porque tenho muitos amigos e família em Floripa. A vida de um mané em Brasília é muito boa, principalmente na parte da grana, que é um pouco mais justa. Aqui se paga um pouco melhor pela arte, e é quase tão legal quanto Floripa. Quase! Só faltam as praias, o clima, o povo, a comida, o Figueira e as praias novamente (risos).
O escolhido para dar início aos trabalhos foi Alirio Bossle Netto, o talentoso vocalista do Khallice, grupo de metal progressivo de Brasília. Nascido em Florianópolis, o músico conta detalhes da sua carreira e fala sobre o seu atual momento.
Ouça Letting Go e acompanhe a entrevista.
Estética Musical: Olá, Alirio. Obrigado por conceder essa entrevista. Para começo de conversa, como você está? Como foi abrir para o Guns N' Roses em Brasília?
Alirio Netto: Estou bem, brother. Obrigado por perguntar. Minha vida aqui em Brasília é muito bacana, tenho muitos amigos e a cidade me acolheu muito bem. Em relação a abrir pro Guns, foi um sonho pra nós e pra mim, pois quem me conhece sabe o quanto gosto dessa banda. Além do mais o Bumblefoot foi muito legal e adorou o nosso show. Ficamos quase todo o tempo com ele, no final do show a gente se divertiu muito com o Sebastian, que é um dos caras mais sangue bom que já conheci.
EM: Com o lançamento de The Journey, em 2003, o Khallice foi apontado como banda revelação e uma grande expectativa em torno do grupo foi criada. Como vocês lidaram com essa badalação e o status de Dream Theater brasileiro?
AN: Confesso que no começo foi muito legal essa coisa de Dream Theater brasileiro. A gente realmente conseguiu um espaço muito bom na mídia e tal, mas depois começou a incomodar um pouco, por que apesar da influência, o Khallice tem uma cara própria. Isso fica mais claro no Inside Your Head, em que a banda pode explorar muito a veia mais Hard Rock.
EM: Em 2008, vocês gravaram o ótimo EP Inside Your Head. Qual a intenção da banda em lançá-lo?
AN: Pra começar a gente lançou esse EP no Rio, quando abrimos pra Dream Theater. Distribuímos mil EPs para o público presente e naquele momento a intenção era mostrar que a banda estava na ativa e produzindo. Só pra completar a Magna Carta lançou o The Journey em 2007 em várias partes do mundo, o que também foi um impulso pra gente botar algo novo na praça.
EM: Qual o motivo para a demora no lançamento de um segundo disco do Khallice, Alirio? Ele vai sair mesmo? Se sim, pode nos adiantar alguma coisa?
AN: A demora acontece por vários motivos, mas o principal foram as trocas de baterista. Nos últimos cinco anos foram quatro! Acho que somos muito chatos (risos). De qualquer forma, todos nós temos outros projetos além da banda, sejam eles na música ou não, e isso acaba atrasando tudo. Não vamos usar nada do Inside Your Head, o que dará mais trabalho. Já temos muitas ideias em andamento e, se tudo andar como planejado, a gente lança esse CD em 2010.
EM: Quem são os teus ídolos na música? Quais são as tuas influências?
AN: Virei cantor por causa do Freddie Mercury do Queen, pra mim ele é o cara, mas gosto muito do Steve Perry do Journey, Steven Tyler, Sebastian Bach, Dio, Glenn Hughes e todos esses caras que cantam muito. Gosto muito de pop em geral, desde Michael Jackson até coisas como o Josh Groban, e os musicais da Broadway também têm uma grande influência na minha música. Gosto muito dessa coisa do teatro.
EM: Relate para nós como foi a experiência de encenar Jesus Christ Superstar no México. O que isso contribuiu na tua carreira e na tua forma de cantar?
AN: O lance do Jesus Christ começou em Brasília em 1999, quando eu fiz o papel pela primeira vez em uma produção local. Em 2000 mandei um vídeo pro México onde estavam fazendo audições para uma produção oficial, a partir desse vídeo eles me chamaram para os testes. Fui selecionado para o papel de Jesus entre 1500 candidatos de vários países e foram quase dois anos de temporada que acabaram por causa do atentado às torres gêmeas. Voltei pro Brasil em 2003 pra gravar com o Khallice e o resto é história.
EM: Conte um pouco da tua relação com Floripa. Vens sempre para cá? Como é a vida de um manezinho da Ilha em Brasília?
AN: Cara, Floripa é o melhor lugar do mundo! Se eu pudesse nunca sairia daí, sempre que posso dou uma passada aí porque tenho muitos amigos e família em Floripa. A vida de um mané em Brasília é muito boa, principalmente na parte da grana, que é um pouco mais justa. Aqui se paga um pouco melhor pela arte, e é quase tão legal quanto Floripa. Quase! Só faltam as praias, o clima, o povo, a comida, o Figueira e as praias novamente (risos).
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Rock Progressivo
segunda-feira, abril 26, 2010
Não tem pra ninguém
Com American Spiritual, lançado há 20 dias pela Acetate Records, o Dirty Sweet deixa de ser promessa para se tornar realidade.
O segundo disco é uma prova pela qual os grupos que se destacam têm de passar e muitos deles se perdem nessa hora. E o Dirty Sweet passou com sobras por essa fase, mostrando que o quarteto não está para brincadeira.
American Spiritual é infinitamente superior ao trabalho de estreia, ...Of Monarchs and Beggars (2007). Mais diversificado e maduro, o álbum foi produzido por Doug Boehm, que conseguiu capturar a magia dos anos 70 e deixar o som com um ar moderno ao mesmo tempo.
Tirando a capa, que é horrorosa, o novo disco é perfeito do início ao fim. Rock and roll simples, sem frescuras, para ouvir até o fim e repetir a audição.
Dois clipes imperdíveis foram filmados para promover American Spiritual. Em You've Been Warned, a banda está em um quarto para loucos. Em Marionette, a cena se passa no faroeste.
Não tem pra ninguém. O grupo de San Diego formado em 2003 por Ryan Koontz (vocal), Nathan Beale (guitarra), Christian Schinelli (baixo) e Chris Mendez-Vanacore (bateria), faz o melhor rock da atualidade. E isso diz muita coisa.
Ouça e vibre com Kill or be Killed.
O segundo disco é uma prova pela qual os grupos que se destacam têm de passar e muitos deles se perdem nessa hora. E o Dirty Sweet passou com sobras por essa fase, mostrando que o quarteto não está para brincadeira.
American Spiritual é infinitamente superior ao trabalho de estreia, ...Of Monarchs and Beggars (2007). Mais diversificado e maduro, o álbum foi produzido por Doug Boehm, que conseguiu capturar a magia dos anos 70 e deixar o som com um ar moderno ao mesmo tempo.
Tirando a capa, que é horrorosa, o novo disco é perfeito do início ao fim. Rock and roll simples, sem frescuras, para ouvir até o fim e repetir a audição.
Dois clipes imperdíveis foram filmados para promover American Spiritual. Em You've Been Warned, a banda está em um quarto para loucos. Em Marionette, a cena se passa no faroeste.
Não tem pra ninguém. O grupo de San Diego formado em 2003 por Ryan Koontz (vocal), Nathan Beale (guitarra), Christian Schinelli (baixo) e Chris Mendez-Vanacore (bateria), faz o melhor rock da atualidade. E isso diz muita coisa.
Ouça e vibre com Kill or be Killed.
sábado, abril 24, 2010
Sound Session #4 (Counting Crows)
Em 1993, Mr. Jones estourou no mundo inteiro e o Counting Crows ficou vivendo da breve fama conquistada com essa música, até que 11 anos depois Accidentaly In Love foi escolhida para ser entrar no Shrek 2. Ensaiaram uma volta aos bons tempos e sumiram de novo. O engraçado nessa história é que a melhor música deles não está em um disco oficial. Ouça Baby, I'm A Big Star Now, trilha de Rounders.
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quinta-feira, abril 22, 2010
A arte de copiar (o AC/DC)
Existe uma pequena diferença entre apresentar influência de um determinado grupo no seu som, prestar tributo, do que simplesmente copiar uma banda. O caso do Airbourne é perfeito.
Além de ser australiana (de Warrnambool), o quarteto também conta com dois irmãos em sua formação. Coincidência? Quem vai saber. A verdade é que os O'Keeffe fazem um som idêntico ao AC/DC.
Com o segundo disco do grupo, No Guts. No Glory., lançado na terça-feira, dia 20, pela Roadrunner Records, a semelhança fica ainda mais evidente. A diversão, as letras sobre mulheres e rock and roll e os excelentes riffs e solos de guitarra são os mesmos.
Não vou dizer que os caras são ruins e que não gosto deles. A banda composta por Joel O'Keeffe (guitarra e vocal), David Roads (guitarra), Justin Street (baixo) e Ryan O'Keeffe (bateria) é muito competente.
O problema do Airbourne foi a fase do AC/DC escolhida para se espelhar. Em vez de homenagear o eterno Bon Scott, optaram pelos anos 80 e por Brian Johnson. Já dizia Marcos Mion: Se vai copiar, copia direito, p****!
Ouça a ótima Bottom of the Well.
Além de ser australiana (de Warrnambool), o quarteto também conta com dois irmãos em sua formação. Coincidência? Quem vai saber. A verdade é que os O'Keeffe fazem um som idêntico ao AC/DC.
Com o segundo disco do grupo, No Guts. No Glory., lançado na terça-feira, dia 20, pela Roadrunner Records, a semelhança fica ainda mais evidente. A diversão, as letras sobre mulheres e rock and roll e os excelentes riffs e solos de guitarra são os mesmos.
Não vou dizer que os caras são ruins e que não gosto deles. A banda composta por Joel O'Keeffe (guitarra e vocal), David Roads (guitarra), Justin Street (baixo) e Ryan O'Keeffe (bateria) é muito competente.
O problema do Airbourne foi a fase do AC/DC escolhida para se espelhar. Em vez de homenagear o eterno Bon Scott, optaram pelos anos 80 e por Brian Johnson. Já dizia Marcos Mion: Se vai copiar, copia direito, p****!
Ouça a ótima Bottom of the Well.
terça-feira, abril 20, 2010
Decadência
Como explicar o sucesso do canadense Justin Drew Bieber, que aos 16 anos tem dois lançamentos no topo das paradas da Billboard?
Toda a exposição que o garoto tem atualmente na mídia e que se reflete nas expressivas vendas, comprova a busca desenfreada das gravadoras em criar uma nova moda. O problema é que a imprensa (quase) sempre compra a ideia.
Geralmente não dou bola para esse tipo de astros pré-fabricados, mas devido ao falatório em volta do tal Justin Bieber, me dei o trabalho de ouvir algumas músicas compostas para ele. Poucas vezes fiquei tão envergonhado, confesso.
Fico me perguntando o motivo de as pessoas não ouvirem Spiritual Beggars, por exemplo, e idolatrarem uma criança que não sabe nem o que é música. Bom gosto é algo bem subjetivo, mas isso é culpa das pessoas que se contentam com o que é empurrado goela abaixo pela mídia.
O post de hoje é sem música, não vale a pena. Mesmo assim, se você quiser conferir o "talento" do rapaz, clique aqui. Não recomendo.
Toda a exposição que o garoto tem atualmente na mídia e que se reflete nas expressivas vendas, comprova a busca desenfreada das gravadoras em criar uma nova moda. O problema é que a imprensa (quase) sempre compra a ideia.
Geralmente não dou bola para esse tipo de astros pré-fabricados, mas devido ao falatório em volta do tal Justin Bieber, me dei o trabalho de ouvir algumas músicas compostas para ele. Poucas vezes fiquei tão envergonhado, confesso.
Fico me perguntando o motivo de as pessoas não ouvirem Spiritual Beggars, por exemplo, e idolatrarem uma criança que não sabe nem o que é música. Bom gosto é algo bem subjetivo, mas isso é culpa das pessoas que se contentam com o que é empurrado goela abaixo pela mídia.
O post de hoje é sem música, não vale a pena. Mesmo assim, se você quiser conferir o "talento" do rapaz, clique aqui. Não recomendo.
sábado, abril 17, 2010
O fim de uma era
Com a morte do vocalista e baixista Peter Steele, aos 48 anos, na quarta-feira, devido a problemas no coração, não foi só o Type o Negative que perdeu o seu líder.
A face do maior representante do mundo gótico no heavy metal desapareceu da terra e deixou para os seus fãs sete grandes registros que jamais serão apagados da história.
Antes do Type O Negative, Peter, que nasceu no Brooklyn, Nova Iorque, no dia 4 de janeiro de 1962, fez parte do Carnivore, banda de thrash metal que gravou dois trabalhos na década de 80.
Eu não vou ficar chorando a passagem dele para o outro mundo, pois não era um dos meus ídolos, mas, como tenho certeza de que muitos o fizeram, essa pequena homenagem se faz justa e necessária, ainda que tardia. Descanse em paz, Lord Petrus.
Veja o clipe da clássica Black No. 1.
A face do maior representante do mundo gótico no heavy metal desapareceu da terra e deixou para os seus fãs sete grandes registros que jamais serão apagados da história.
Antes do Type O Negative, Peter, que nasceu no Brooklyn, Nova Iorque, no dia 4 de janeiro de 1962, fez parte do Carnivore, banda de thrash metal que gravou dois trabalhos na década de 80.
Eu não vou ficar chorando a passagem dele para o outro mundo, pois não era um dos meus ídolos, mas, como tenho certeza de que muitos o fizeram, essa pequena homenagem se faz justa e necessária, ainda que tardia. Descanse em paz, Lord Petrus.
Veja o clipe da clássica Black No. 1.
quinta-feira, abril 15, 2010
Sound Session #3 (Spin Doctors)
Se você não lembra ou não conhece a música Two Princes (veja), um dos grandes sucessos dos anos 90, deve ter algo errado. O que mais admiro no Spin Doctors é a persistência do quarteto em seguir gravando, apesar da absurda queda de popularidade nos últimos anos. O grupo não solta um trabalho desde 2005, quando saiu Nice Talking to Me, que resgata a inspiração dessa banda que hoje é esquecida.
Ouça Can't Kick the Habit, de 2005.
Ouça Can't Kick the Habit, de 2005.
terça-feira, abril 13, 2010
Trocando as bolas
Entrevisto várias pessoas todos os dias por conta da minha profissão. Devo confessar que é engraçado estar do outro lado, respondendo perguntas sobre o que você faz.
As estudantes de jornalismo Elisa Brezezinski e Aline Andrade conversaram comigo para o programa Mundo Rock, no qual falaram sobre blogs e sites que fazem sucesso na Internet.
Parabéns pelo trabalho, meninas. Ficou bacana. Gostaria de agradecer, também, a todos que visitam o blog e deixam seus comentários sempre que passam por aqui. Espero retribuir com mais posts. Ouça o Mundo Rock abaixo.
As estudantes de jornalismo Elisa Brezezinski e Aline Andrade conversaram comigo para o programa Mundo Rock, no qual falaram sobre blogs e sites que fazem sucesso na Internet.
Parabéns pelo trabalho, meninas. Ficou bacana. Gostaria de agradecer, também, a todos que visitam o blog e deixam seus comentários sempre que passam por aqui. Espero retribuir com mais posts. Ouça o Mundo Rock abaixo.
segunda-feira, abril 12, 2010
Agora sim, Metal
Em 2007, o Annihilator lançou um disco chamado Metal, de longe dos mais sem inspiração que o guitarrista Jeff Waters (esquerda) já gravou. Só não é pior que o Remains.
No dia 17 de maio, via Earache, sai o novo álbum, batizado de Annihilator. O 13° trabalho de estúdio do projeto de Waters resgata o som agressivo de Schizo Deluxe, lançado em 2005.
A trajetória do Annihilator, iniciada em 1984, no Canadá, é marcada por inúmeras trocas de integrantes. Há tempos a banda se resume em Jeff Waters, que grava as guitarras e o baixo, um vocalista, no caso Dave Padden (direita), o sexto, que está desde 2003, e um baterista convidado.
Começando pela capa, feita pelo húngaro Gyula Havancsák, dá para notar que a postura é outra. Com o novo disco, Waters mostra que ainda é o rei do thrash metal canadense.
Para quem ainda não conhece, o Annihilator é uma máquina que produz riffs monstruosos e solos insanos, somados a ótimos vocais, cortesia de Dave Padden, que conquistou a simpatia dos fãs.
O Annihilator é uma banda injustiçada. Talvez a ausência de um vocalista fixo tenha prejudicado na criação de uma identidade, mas não importa, o novo disco prova que eles são os melhores. E ainda tem um cover do Van Halen para fechar. Hail Jeff Waters!
Ouça The Trend, faixa de abertura de Annihilator.
No dia 17 de maio, via Earache, sai o novo álbum, batizado de Annihilator. O 13° trabalho de estúdio do projeto de Waters resgata o som agressivo de Schizo Deluxe, lançado em 2005.
A trajetória do Annihilator, iniciada em 1984, no Canadá, é marcada por inúmeras trocas de integrantes. Há tempos a banda se resume em Jeff Waters, que grava as guitarras e o baixo, um vocalista, no caso Dave Padden (direita), o sexto, que está desde 2003, e um baterista convidado.
Começando pela capa, feita pelo húngaro Gyula Havancsák, dá para notar que a postura é outra. Com o novo disco, Waters mostra que ainda é o rei do thrash metal canadense.
Para quem ainda não conhece, o Annihilator é uma máquina que produz riffs monstruosos e solos insanos, somados a ótimos vocais, cortesia de Dave Padden, que conquistou a simpatia dos fãs.
O Annihilator é uma banda injustiçada. Talvez a ausência de um vocalista fixo tenha prejudicado na criação de uma identidade, mas não importa, o novo disco prova que eles são os melhores. E ainda tem um cover do Van Halen para fechar. Hail Jeff Waters!
Ouça The Trend, faixa de abertura de Annihilator.
quinta-feira, abril 08, 2010
Sound Session #2 (Max Viana)
Max Viana é uma grande prova do ditado "filho de peixe, peixinho é". Além de ser um exímio guitarrista, esse carioca de 37 anos foi abençoado com os genes de Djavan, seu pai. O músico, cujas influências vão do jazz à mpb, passando pelo soul e o pop, lançou dois trabalhos, sendo o último Com Mais Cor, de 2007, que você ouve a faixa-título abaixo.
terça-feira, abril 06, 2010
Avantasia em dose dupla
O vocalista e baixista alemão Tobias Sammet conclui com o lançamento dos discos Angel of Babylon e The Wicked Symphony, a trilogia iniciada em 2008 com o álbum The Scarecrow.
O que chama a atenção nesses trabalhos, levados ao mercado no dia 3 de abril pela Nuclear Blast, é a presença do cantor norueguês Jørn Lande, que gravou 11 das 22 músicas.
Sammet apareceu para o cenário do heavy metal em 1995 com o Edguy, que vem perdendo espaço aos poucos para o Avantasia, muito mais ambicioso e desafiador para o alemão. Reunir todos esses astros não é para qualquer um. E a seleção é espantosa.
Tobias divide o microfone nos dois discos com o já citado Lande, além de Michael Kiske, Klaus Meine, Russell Allen, Tim Owens, Andre Matos, Jon Oliva, Bob Catley e outros.
A banda formada por Sammet traz os produtores Sascha Paeth (guitarra, ex-Heavens Gate) e Michael "Miro" Rodenberg (teclados), e o grande Eric Singer (bateria, Kiss).
Acredito que Tobias Sammet tenha se superado com Angel of Babylon e The Wicked Symphony. Enquanto o Edguy vem perdendo o fôlego após a influência do hard rock que infestou os dois últimos álbuns, o Avantasia segue firme e forte. Não me surpreenderia se integrarem a lista de melhores do ano no final de 2010.
Veja o dueto de Sammet com Klaus Meine no clipe de Dying For An Angel, do disco The Wicked Symphony.
O que chama a atenção nesses trabalhos, levados ao mercado no dia 3 de abril pela Nuclear Blast, é a presença do cantor norueguês Jørn Lande, que gravou 11 das 22 músicas.
Sammet apareceu para o cenário do heavy metal em 1995 com o Edguy, que vem perdendo espaço aos poucos para o Avantasia, muito mais ambicioso e desafiador para o alemão. Reunir todos esses astros não é para qualquer um. E a seleção é espantosa.
Tobias divide o microfone nos dois discos com o já citado Lande, além de Michael Kiske, Klaus Meine, Russell Allen, Tim Owens, Andre Matos, Jon Oliva, Bob Catley e outros.
A banda formada por Sammet traz os produtores Sascha Paeth (guitarra, ex-Heavens Gate) e Michael "Miro" Rodenberg (teclados), e o grande Eric Singer (bateria, Kiss).
Acredito que Tobias Sammet tenha se superado com Angel of Babylon e The Wicked Symphony. Enquanto o Edguy vem perdendo o fôlego após a influência do hard rock que infestou os dois últimos álbuns, o Avantasia segue firme e forte. Não me surpreenderia se integrarem a lista de melhores do ano no final de 2010.
Veja o dueto de Sammet com Klaus Meine no clipe de Dying For An Angel, do disco The Wicked Symphony.
sexta-feira, abril 02, 2010
Ele recusou o Metallica
John Bush é o cara. Qual maluco recusaria um convite para ser vocalista do Metallica? Lars Ulrich o convidou para ser frontman do grupo na época da gravação do Kill 'Em All (1983), mas ele não aceitou.
O cantor estava comprometido demais com o Armored Saint, que começava a despontar no cenário do heavy metal dos Estados Unidos, para se aventurar com célebres desconhecidos.
Até a morte do guitarrista Dave Prichard, de leucemia, em 1990, os Saints tinham gravado três discos. Com o substituto Jeff Duncan lançaram o clássico Symbol of Salvation um ano depois e se separaram. John Bush foi convidado para se juntar ao Anthrax. E dessa vez a resposta foi positiva.
Com a entrada do vocalista, o grupo capitaneado por Scott Ian (guitarra) sofreu uma mudança no direcionamento musical que não agradou parte dos fãs do Anthrax. A fase Bush pode não ser a mais inspirada em termos de composição, mas ele é de longe o melhor dos quatro que já passaram pela banda.
No ano passado, Bush anunciou que voltaria com o Armored Saint após 10 anos de inatividade. O resultado da reunião é o ótimo La Raza, que saiu no dia 16 de março de 2010, via Metal Blade Records.
Com Phil Sandoval (guitarra), Joey Vera (baixo), Jeff Duncan (guitarra) e Gonzo Sandoval (bateria), seus amigos na juventude, Bush parece estar mais à vontade e nos entrega mais uma excelente performance.
Analisando depois de todo o sucesso que James Hetfield e companhia conquistaram, parece loucura a atitude tomada pelo cantor, mas acho que ele agiu certo. Em vez de apenas uma banda clássica para ouvir, hoje temos três. Valeu, Bush.
Ouça Chilled, quinta música de La Raza.
O cantor estava comprometido demais com o Armored Saint, que começava a despontar no cenário do heavy metal dos Estados Unidos, para se aventurar com célebres desconhecidos.
Até a morte do guitarrista Dave Prichard, de leucemia, em 1990, os Saints tinham gravado três discos. Com o substituto Jeff Duncan lançaram o clássico Symbol of Salvation um ano depois e se separaram. John Bush foi convidado para se juntar ao Anthrax. E dessa vez a resposta foi positiva.
Com a entrada do vocalista, o grupo capitaneado por Scott Ian (guitarra) sofreu uma mudança no direcionamento musical que não agradou parte dos fãs do Anthrax. A fase Bush pode não ser a mais inspirada em termos de composição, mas ele é de longe o melhor dos quatro que já passaram pela banda.
No ano passado, Bush anunciou que voltaria com o Armored Saint após 10 anos de inatividade. O resultado da reunião é o ótimo La Raza, que saiu no dia 16 de março de 2010, via Metal Blade Records.
Com Phil Sandoval (guitarra), Joey Vera (baixo), Jeff Duncan (guitarra) e Gonzo Sandoval (bateria), seus amigos na juventude, Bush parece estar mais à vontade e nos entrega mais uma excelente performance.
Analisando depois de todo o sucesso que James Hetfield e companhia conquistaram, parece loucura a atitude tomada pelo cantor, mas acho que ele agiu certo. Em vez de apenas uma banda clássica para ouvir, hoje temos três. Valeu, Bush.
Ouça Chilled, quinta música de La Raza.
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